Proposta admite a possibilidade do fim das proporcionais
Em reunião realizada ontem na sede do PR Minas, em Belo Horizonte, estavam presentes nove partidos da base aliada do governo estadual. Durante a conversa, foi sugerida a formação de duas chapas para a eleição proporcional em 2014, uma com maior potencial de votação e outra com menor viabilidade eleitoral. A proposta visa diminuir o número de parlamentares eleitos de partidos nanicos, que conseguem se eleger sem ter recebido voto diretos. Existe também a possibilidade de as legendas trabalharem de forma individualizada, já prevendo o fim das coligações proporcionais, o que poderá ser determinado na reforma política que caminha no Congresso Nacional.
O encontro entre PR, PPS, DEM, PP, PTB, PV, PDT, PSB e PSDB foi marcado para que as legendas iniciem as articulações para a formação de alianças para as eleições em 2014. Uma das cartas colocadas na mesa foi a possibilidade real do fim da existência das coligações no pleito proporcional, que deve ser aprovada ainda neste ano.
De acordo com Aelton Freitas, presidente estadual do PR, as alianças políticas devem ser feitas como na típica conversa de mineiros. “É bom quando é bom para os dois lados”. O objetivo é a formação de bancadas expressivas e com representatividade no parlamento”, completa.
Dessa forma, os dirigentes partidários das legendas aliadas entenderam que o melhor é fazer a preparação para a eleição programando um voo solo, mesmo que a mudança não vá valer para o pleito de 2014. O deputado federal e presidente estadual do PSB de Minas Gerais, Júlio Delgado, garante que a ideia dos dirigentes partidários é fortalecer suas legendas desde já. Mas, até que a nova regra esteja valendo, nada impede que os partidos façam coligações para eleger o maior número de deputados possíveis.
(Texto adaptado)
