Republicanos questionam omissão de mineradora da tragédia de Mariana

aelton e lincoln
Brasília – Os deputados Lincoln Portela (PR-MG) e Aelton Freitas (PR-MG), parlamentares republicanos por Minas Gerais, lamentaram o desastre de Mariana (MG) e criticaram a omissão da empresa Samarco Mineradora, em realizar uma prevenção nas barragens. Ambos pediram ainda que a justiça puna os responsáveis de forma exemplar e que as famílias sejam amparadas emocionalmente e financeiramente.

 

Os republicanos participaram, na última quarta-feira, 18, da audiência pública que debateu o desastre ocorrido em Minas Gerais pelo rompimento de uma barragem, que começou em Mariana e já afetou milhares de pessoas ao longo do Rio Doce.Não bastasse a proporção do desastre, O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) comunicou oficialmente à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do Ministério da Integração Nacional, o risco de rompimento iminente de outra barragem no município de Mariana (MG), Santarém, e dos diques de Sela, Selinha e Tulipa – que ajudam a dar sustentação a outra barragem, a Germana, que também corre risco.”Temos que nos precaver”, alertou Walter Arcoverde, diretor de Fiscalização do DNPM, durante sua participação no debate, promovido pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Legislação Participativa, Direitos Humanos e Minorias e Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

A mineradora Samarco, responsável pelas estruturas, admitiu que o dique Selinha tem apenas 22% de sustentação, enquanto Santarém tem 37% – sendo que o recomendado pelas normas brasileiras é que esse percentual de segurança seja maior que 50%.

Ronaldo Alves Bento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro de Mariana, confirmou no debate o risco de rompimento e acusou a empresa de não retirar todos os trabalhadores de unidades existentes rio abaixo. “Existe, sim, iminente perigo de rompimento. Tem gente que não foi desmobilizada em Barra Longa e outros distritos. Temos que nos preocupar, sim, com um plano de ação”, enfatizou.

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