O deputado Lincoln Portela (PR Minas) classificou como “o absurdo dos absurdos” a violência de duas torcidas organizadas após o jogo de futebol entre Cruzeiro e Bahia, realizado em Belo Horizonte na semana passada. Na época, ele mostrou no Plenário da Câmara o saldo da confusão na capital Belo Horizonte: 127 ônibus depredados, mais de 50 pessoas presas e 28 pessoas presas por furto.
O parlamentar ressaltou a necessidade da instalação da CPI das Torcidas Organizadas, projeto de sua autoria. “Eu tenho uma CPI das Torcidas Organizadas — que foi transformada em projeto de resolução, porque senão ela ficaria numa fila interminável —, e ela demorou sete anos e meio para ser aprovada: passou por três Comissões, foi aprovada por unanimidade na CCJ, redação final aprovada, e eu não sei por que não nós não colocamos para votar nesta Casa”, disse.
“Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando de armas, dentre outras informações que eu recebo, essas coisas acontecem em várias torcidas organizadas. Não em todas, não podemos generalizar. Mas é por isso que essa CPI precisa ser instalada o mais rápido possível”, alertou Portela.
Pela sua página no Facebook, ontem (08) o deputado voltou a falar no assunto, uma vez que acabou sendo transmitida, ao vivo, uma enorme confusão entre torcidas no jogo dos times Vasco e Atlético Paranaense, com o saldo de três pessoas internadas em estado grave.
“Há sete anos eu tento instalar a CPI das Organizadas na Câmara, o pedido foi aprovado na CCJ e nas demais comissões, mas não vai à votação no plenário. É visível que existem conexões das Organizadas com o tráfico, com milícias, com homicidas e com grupos de extermínio. Entretanto, insistem em impedir o fim desse absurdo! Hoje vimos cenas de horror apocalíptico no jogo entre Vasco e Atlético Paranaense, até quando perdurará a barbárie? Até quando a CBF e a sua bancada colocarão obstáculos à CPI?”, desabafou.
Confira aqui a íntegra do discurso no Plenário:
http://www.youtube.com/watch?v=c1GU6_6fu7k&feature=youtu.be&t=22s
Fonte: Assessoria Lincoln Portela
