A Polícia Civil investiga a origem de incêndio que destruiu a casa do candidato a prefeito de Peçanha, vereador José Renato Bravieira, do PR Minas. A cidade do Vale do Rio Doce, localizada a 300 quilômetros de Belo Horizonte, tem cerca de 20 mil habitantes e 12,9 mil eleitores. Além do parlamentar, outros dois candidatos concorrem ao cargo.
Bravieira afirma que o incêndio foi criminoso. “O perito da polícia civil disse que o incêndio não começou pela rede elétrica nem por explosão de gás. Não tenho como acusar ninguém, mas acho que fizeram isso para tentar me tirar da campanha”, argumentou.
A casa, incendiada no dia 8, é a sede de uma fazenda em que o candidato vivia com a mulher. O imóvel fica a um quilômetro da cidade. No momento em que o fogo começou, Braviera participava de um comício também na zona rural da cidade. “Meu filho, que me visitava, tomou banho por volta das 20h para se juntar a nós. Conforme relatório da Polícia Civil, o incêndio, por volta das 20h45, já havia acabado com a casa”, relata o candidato, que passou a morar na casa da mãe.
O candidato é dissidente do grupo político do prefeito Marcos Godinho (PRB), que tenta a reeleição. Braviera foi o vereador mais votado nas eleições de 2008 e ocupou por três vezes o cargo de presidente da câmara, em mandatos anteriores. O outro concorrente na disputa é Eustáquio Braga (PSB).
A delegada Maria Luíza Papini Arantes, de Guanhães, a 70 quilômetros de Peçanha, afirmou ontem que Braviera e testemunhas já foram ouvidas no caso. O prazo regulamentar para remessa das investigações à Justiça é de 30 dias. Maria Luíza será a responsável pelo inquérito porque o delegado de Peçanha está de férias.
Fonte: Jornal Estado de Minas
