Ainda vale a pena acreditar na política?

Téo Garzon site

Coluna – Téo Garzon –

Presidente estadual do PR Jovem Minas –

A despeito de tudo e da grande maioria dos políticos que estampam os jornais e noticiários, a política ainda vale a pena. Inicio este texto sendo objetivo e acreditando, piamente, que a política é o instrumento legítimo de transformação social.

O termo tem origem no grego politikà, derivando-se de polis que designa aquilo que é público. Ela – a política – é a arte de negociação que visa compatibilizar e agrupar interesses. Interesses coletivos, que não nos esqueçamos.

Entretanto, anda tão desacreditada por muitos e sempre rechaçada, que acabamos esquecendo que é verdadeiramente capaz das maiores transformações quando praticada de forma ética e em consonância com os anseios sociais.

Pensemos, então: o que proporciona o descrédito atual e crescente com e para a política? Obviamente são aqueles que fazem o mau uso dela. Os políticos? Sim, os que são politiqueiros. A população? Sim, em parte esta também colabora.

Quando você “vende” seu voto (é algo comercializável?) você colabora para o arruinamento de uma caminhada de progressos coletivos; quando você vota no “amigo que é legal”, mas cheio de escusos interesses, também; quando confia na figura que permeia os espaços de poder por longos e longos anos, e que neste tempo todo sempre é personagem central de escândalos e despautérios, você joga a gasolina que o fogo tanto pedia. E todos os políticos são assim? Não, obviamente não – generalizações são criminosas, quase sempre. E como nós, cidadãs e cidadãos, podemos contribuir para uma nova política, aquela que seja capaz de modificar as viciadas estruturas e chacoalhar a sociedade em prol do bem comum?

Votando certo. Essa claramente é a maior resposta aos grandes sofrimentos que uma escolha de conveniências gera. Um segundo caminho, também palpável, é exercitar nossa memória coletiva. Temos mesmo que dar mais um voto de confiança a quem por vezes já nos traiu? Ainda acreditarei naquele que faz da política um trampolim para o enriquecimento ilícito de si próprio e dos seus? E aquele “profissional” da política, o que vive disso e sempre pra isso – fonte inesgotável de renda e status -, queremos e precisamos dele “lá” mesmo?

Qualquer sociedade que se julgue minimamente desenvolvida deveria, antes de tudo, entender que quando a política está ruim, é porque nosso voto foi ruim; que quando nós não nos sentimos representados, é porque também pouco importamos em nos fazer representar; que quando Maluf’s et caterva ocupam os espaços, é porque nos os outorgamos e legitimamos, em detrimento dos bem intencionados.

Passamos da hora de assumir as rédeas da política. Passamos da hora de assumir nossas responsabilidades para e com a política, Pessoal!

 

Téo Garzon é Presidente estadual do PR Jovem Minas e escreve na coluna Bimensal na Revista Perfil –

Email: teogarzon@hotmail.com

 

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